VÍRUS SÃO PARTÍCULAS INFECCIOSAS, DE NATUREZA NUCLEOPROTEÍNICA, DE DIMENSÕES GERALMENTE INFERIORES A 0,2 MICRA E, CONSEQUENTEMENTE, FILTRÁVEIS EM FILTROS BACTERIOLÓGICOS E VISÍVEIS SOMENTE AO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO. SÃO PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS, FORMANDO GERALMENTE SÓ EM PRESENÇA DE CÉLULAS VIVAS E DÃO FACILMENTE LUGAR A MUTAÇÕES. INDUZ A CÉLULA PARASITA A FORMAR RÉPLICAS, TANTO DO ÁCIDO NUCLÉICO COMO DA CAPA PROTEICA.
Seres vivos ou não?
Os vírus são umas das entidades biológicas mais curiosas de todas, embora apresentem uma composição química característica das “coisas vivas”, com ácidos nucleicos, proteínas, lipídios, entre outros, não cumprem uma série de pré-requisitos ou funções que, justamente, servem para definir um ser vivo, como apresentar metabolismo próprio, ser capaz de se reproduzir e possuir células.
Por isso, existe um debate entre os biólogos que consideram os vírus seres vivos e os que não os consideram como seres vivos. Hoje em dia, o consenso é que estas entidades não correspondem a seres vivos justamente pelo fato de que não apresentam grande parte das características e traços que constituem um ser vivo. Não são feitos de células, para se reproduzirem precisam estar em uma célula hospedeira, não produzem sua própria energia, utilizando da energia e dos mecanismos da célula hospedeira para sintetizar componentes e replicar seu material genético.
Simplicidade e Sofisticação
- Por serem pequenos, eles somente podem ser visualizados ao microscópio eletrônico;
-São acelulares, ou seja, não são formados por células, o que diferencia dos outros seres vivos;
-Simplicidade estrutural: são constituídos basicamente por ácido nucleicos (DNA ou RNA) envolto por moléculas de proteína;
-São parasitas intracelulares obrigatórios;
-Seu ciclo vital ocorre apenas no interior de células;
-Quando se encontram fora das células hospedeiras, os vírus não conseguem se multiplicar nem manifestam nenhum tipo de atividade metabólica;
-Quando invadem as células adequadas, comportam-se como piratas implacáveis: assumem o comando das atividades celulares, levando-as a trabalhar na produção de novos vírus;
-Característica essencial: capacidade de reprodução.
Características gerais
- Uma grande variedade de vírus capazes de atacar células de todos os grupos de seres vivos, desde bactérias até plantas e animais, incluindo a espécie humana;
-Invasão de uma célula hospedeira por um vírus (infecção viral);
-Traz profundas alterações no metabolismo celular;
-As doenças causadas por vírus são genericamente denominadas virose;
-Exemplo: aids, as gripes, o sarampo, a catapora, a dengue e a poliomielite;
Estrutura viral
-São constituídos por uma ou algumas moléculas de ácido nucleico, que pode ser DNA ou RNA, protegidas por um envoltório proteico denominado capsídio;
-Os ácidos nucleicos virais, envoltos pelas proteínas do capsídio, constituem o nucleocapsídio;
-Exemplo: os vírus causadores da catapora e da hepatite B, são vírus de DNA; os causadores da gripe, do sarampo, da poliomielite, da aids (HIV), entre outros, são vírus de RNA;
-Alguns tipos de vírus apresentam, além do nucleocapsídio, o envelope viral;
-Envelope viral: um envoltório lipoproteico formado por fragmentos da membrana plasmática da célula hospedeira;
Como os vírus se multiplicam
- Adesão: De forma aleatória, as partículas virais aderem-se à célula hospedeira através de proteínas presentes em seus capsídeos. Essas proteínas interagem com outras proteínas presentes na membrana plasmática da célula-alvo, permitindo a adesão.
- Penetração: Durante essa etapa, ocorre a inserção do material genético no interior da célula hospedeira. Para isso, os vírus utilizam estratégias variadas, destacando-se quatro mecanismos básicos: injeção do ácido nucleico, endocitose, fusão do envelope com a membrana e penetração da partícula viral pela membrana da célula hospedeira. Nos vírus envelopados, por exemplo, pode ocorrer o englobamento de toda a partícula viral ou então a fusão do envelope com a membrana plasmática da célula.
- Remoção do capsídeo: Nesse processo ocorre a separação do ácido nucleico do vírus. Isso ocorre em decorrência da fragmentação do capsídio por enzimas presentes na célula hospedeira. Essa etapa não ocorre com todos os vírus, uma vez que nem todos penetram na célula com seus capsídeos. Os bacteriófagos, por exemplo, só injetam o seu material genético na célula.
- Biossíntese: É a etapa em que o material genético do vírus é duplicado através da transcrição e tradução pela célula infectada. Para que isso ocorra, é necessário que a célula hospedeira interrompa a síntese de suas próprias proteínas.
- Montagem de partículas virais: Nessa etapa são formados os novos vírus através da união do ácido nucleico com os polipeptídios que formam o capsídio.
- Dispersão: Essa é a etapa final da multiplicação dos vírus, quando finalmente as partículas virais formadas são liberadas do interior da célula. Essa liberação pode ocorrer tanto pela análise da célula infectada ou então por brotamento, sendo esse último caso realizado por vírus envelopados. Quando ocorre a análise da célula, esta morre, assim como quando ocorrem vários brotamentos.
IMAGENS DE UM LIVRO:
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