MALÁRIA
Essa doença é causada por protozoários do gênero Plasmodium que pertencem ao grupo dos Apicomplexos. Os Apicomplexos tem como características: são sempre parasitas pelo fato de serem heterótrofos (capazes de produzirem seu próprio alimento) e não possuírem nenhum meio de locomoção; são chamados assim pois se reproduzem por corpos germinativos ou esporos; esporozoários são parasitas de formas heterogêneas que habitam em outras células e no glóbulo vermelho.
https://pt.slideshare.net/lucasroberto712/reino-protoctista-46648347
Transmissão
A transmissão da Malária de pessoa para pessoa pode se dar por meio de transfusão de
sangue contaminado com merozoítos e compartilhamento de seringas e agulhas infectadas. A malária é transmitida também ao homem através da picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles, que são hematófagas.
As espécies de Anopheles brasileiras são dividas em cinco mais importantes:
Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi, transmissora da malária no Brasil e provavelmente em todo o continente Sul Americano.
Anopheles (Nys.) albitarsis lato senso.
Anopheles (Nys.) aquasalis.
Anopheles (Kertezsia) cruzii.
Anopheles (Ker.) bellator.
E produzem quais formas da doença?
O agente causador da doença é um protozoário conhecido como Plasmodium. No Brasil temos 3 espécies:
P. malarie, responsável pela febre quartã que se manifesta em ciclos de 72 horas.
P. vivax, que provoca a terçã benigna, com ataques febris de 48 horas. No Brasil, é o parasita mais comum, que se espalha mais lentamente pelo corpo e dificilmente provoca a malária cerebral.
P. falciparum, causador da febre terçã maligna, com ataques febris de 36 a 48 horas.
Enquanto suga o sangue a fêmea Anopheles, injeta nos nossos vasos sanguíneos sua saliva anticoagulante. Nessa secreção anticoagulante está a forma infestante chamada de esporozoítos. Os esporozoítos são levados pela corrente sanguínea até o fígado e penetram nas células hepáticas onde se multiplicam assexuadamente gerando entre 6 e 16 dias depois, de 2 mil a 40 mil novos protozoários agora chamados de merozoítos.
Os merozoítos penetram nas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) onde podem produzir entre 8 e 24 novos merozoítos. As hemácias infectadas se rompem liberando na corrente sanguínea novos merozoítos, que infectam hemácias sadias repetindo o ciclo, ao liberarem os merozoítos liberam também substancias tóxicas que causam febre de 39ºC a 40º C e calafrios.
Sintomas
LEISHMANIOSE
Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania.
Há dois tipos de leishmaniose:
Leishmaniose tegumentar (cutânea)
Leishmaniose visceral (calazar).
Leishmaniose tegular: caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Conhecida também como “ferida brava”.
Leishmaniose visceral: é uma doença que ocorre nos órgãos internos com ênfase no baço, medula óssea e fígado. É uma doença de longa duração (de alguns meses para um ano) mas que é mais frequente é crianças de até dez ano, depois diminui.
Sintomas
Leishmaniose visceral: Febre irregular e duradoura; anemia; indisposição; palidez da pele e/ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. A principal fonte de infecção é a raposa do campo.
Leishmaniose tegumentar: Duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
Transmissão
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada (cor palha) ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso.
https://agencia.fiocruz.br/estudo-aponta-novo-vetor-para-leishmaniose-visceral
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos (sugadoras do sangue de vertebrados) que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.
Ciclo da leishmaniose
AMEBÍASE
As amebas são protozoários que se locomovem por meio de expansões citoplasmáticas resultantes de modificações na membrana celular, os pseudópodes (do grego pseudo = falso, e podos = pé). É uma infecção causada por diversos protozoários do gênero Entamoeba sp, dentre eles o principal causador é a Entamoeba histolytica.
Imagem 1https://www.todoestudo.com.br/biologia/amebiase
Transmissão
A transmissão ocorre quando ingerimos água ou alimentos contaminados pelo cisto da ameba, os quais são liberados nas fezes de pessoas contaminadas. Além disso, o contato com mãos contaminadas também se caracteriza como uma forma de contágio.
Ciclo de vida da Amebíase
CHAGAS
É causada por protozoários do gênero Trypanosoma cruzi.
http://biologia2m5.blogspot.com/2011/04/reino-protista.html
Transmissão
Vetorial: contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto (os triatomíneos são insetos popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo).
Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados.
Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto.
Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios.
Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.
Sintomas
Fase aguda (mais leve podendo não sentir nada): febre prolongada (mais de 7 dias), dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas.
A maioria não apresenta sintomas, mas alguns se apresentam na fase crônica contendo problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;problemas digestivos, como megacolon (transtorno intestinal caracterizado por dilatação anormal do intestino grosso) e megaesôfago (grave alargamento do esôfago)
Ciclo de vida
Bibliografia:
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